A moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país, região onde se concentra mais de 90% do processamento de cana do Brasil, encerrou o mês de novembro com o processamento de 531,9 milhões de toneladas. Isso representa um volume 6,3% inferior à média das últimas cinco safras, de 561 milhões de toneladas, sendo reflexo da menor disponibilidade de cana após o forte stress climático ocorrido na safra 2021/22.
Entretanto, o valor já é superior ao acumulado de todo o ciclo anterior, quando foram moídas 523 milhões de toneladas. A consultoria FG/A estima, desde o início do ciclo, que a temporada deve encerrar a safra atual com uma moagem de 547 milhões de toneladas de cana.
Dessa forma, resta o processamento de cerca de 15 milhões de toneladas, que deve se concentrar nos meses de dezembro de 2022 e março de 2023.
Segundo a consultoria, a safra 2022/23 representa o início da retomada nos níveis de produtividade do Centro-Sul. “Estimamos que a produtividade média encerrará em 72,9 toneladas por hectare, valor 7% superior à safra 2021/22, que contou com condições climáticas adversas”, detalha a FG/A.
Por outro lado, esse desempenho ainda é inferior à média das últimas cinco safras, de 74,1 t/ha. Os dados realizados até novembro validam a estimativa: de acordo com a empresa, a produtividade acumulada até novembro deste ano foi de 73,6 t/ha ante 67,8 t/ha no acumulado até novembro de 2021.
Para atingir a moagem estimada de 547 milhões de toneladas, considerando a área de corte projetada, de 7,4 milhões de hectares, seria necessária uma produtividade acumulada de somente 56 toneladas por hectare nos meses restantes (dezembro a março), valor inferior à média das últimas cinco safras.
A FG/A ainda considera cerca de 84 usinas em operação, levando em conta os dados do final de novembro, o que representa 33% do pico de 256 usinas observado na safra. O valor é bastante superior aos 5% em operação da safra 2021/22, no mesmo período do ano passado.
Como consequência do prêmio açúcar observado em boa parte da safra, a FG/A visualiza uma finalização do ciclo com um mix bastante açucareiro. “Na segunda quinzena de novembro, tivemos um mix de açúcar acumulado de 46%, contra 45,1% na safra anterior. Devemos encerrar a safra com um mix próximo aos 46% de adoçante que tem sido observado até o momento”, observa. O prêmio para a commodity em 9 de dezembro girava em torno de 35% para as telas do final da safra 2022/23, de acordo com a empresa, demonstrando que não há motivos para as companhias sucroenergéticas mudarem sua estratégia de produção.
Para a próxima safra, a FG/A estima que a moagem de cana no Centro-Sul seja ainda maior. Com um maior volume de chuvas que tem sido observado nos últimos meses deste ano, deverá ocorrer a continuidade da recuperação da produtividade no ciclo 2023/24. Ademais, a consultoria observa investimentos em renovação de canavial mais intensos ao longo do ciclo atual, o que deverá gerar ainda mais ganhos produtividade, fazendo com que o processamento de cana no próximo ciclo volte aos patamares observados nas safras 2019/20 e 2020/21.
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