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Economia cresceu 1,1% em novembro, aponta Monitor do PIB Imagem: twenty20photos, de envatoelements

A economia brasileira cresceu 1,1% em novembro contra outubro e 4,4% no trimestre móvel findo em novembro, em comparação ao encerrado em agosto, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV) com base no seu Monitor do PIB. Na comparação interanual, a economia apresentou queda de -0,6% em novembro e de -1,7% no trimestre móvel até novembro.

“O crescimento da economia de 1,1% em novembro em relação a outubro reflete o crescimento registrado nas três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços). Pela ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou queda no mês, muito influenciado pelo fraco desempenho do consumo de serviços ainda impactado pelo isolamento social. Em contrapartida, a formação bruta de capital fixo ajudou a compensar essa queda crescendo 1,2%, mostrando recuperação dos investimentos. Embora ainda esteja em patamar muito abaixo do nível pré-pandemia, a economia dá sinais de retomada, ainda que lenta, no que parece ser a volta a seu antigo normal de crescimento fraco e instável”, diz Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

O consumo das famílias retraiu 3% no trimestre móvel findo em novembro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. “Desde a histórica queda de 12,2%, registrada no segundo trimestre, o consumo segue com tendência ascendente, embora ainda com variações menos negativas”, diz FGV.

Essa trajetória menos negativa se deve principalmente ao desempenho do consumo de bens, tendo em vista que o consumo de serviços apresenta uma recuperação mais lenta, embora também com taxas menos negativas desde o resultado do segundo trimestre, diz o relatório.

No documento, a FGV destaca as comparações feitas na série trimestral interanual por considerar que essa apresenta menos volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.

“O consumo de serviços se destaca, novamente, com a maior queda dentre os componentes do consumo, devido, principalmente, as retrações do consumo de alojamento, alimentação e demais serviços prestados as famílias, todos dependentes da interação social, dificultada devido à pandemia. Entre os bens, o destaque deve-se ao desempenho positivo dos produtos duráveis que cresceram 8,9% em novembro. Lembrando que os produtos duráveis são menos dificultados pelo isolamento social, e adquiríveis por comércio eletrônico”, diz o relatório.

A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 1,0% no trimestre móvel findo em novembro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019. Após sete retrações consecutivas, o componente voltou a crescer devido ao desempenho positivo de máquinas e equipamentos (3,4%) e da construção (0,6%).

Na comparação interanual, a FGV observa que o componente de outros da FBCF apresentou a única retração da FBCF (-4,1%), tendo sido influenciado pelo desempenho negativo do segmento de serviços prestados às empresas, em novembro.

A exportação de bens e serviços retraiu 6,5% no trimestre móvel findo em novembro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019, segundo a FGV. Praticamente todos os componentes retraíram nesta comparação. As únicas exceções foram a exportação de bens de consumo que cresceu 17,6%, impulsionada pela exportação de bens de consumo não duráveis que cresceram 21,0% e de consumos duráveis que cresceram 9,4%, neste trimestre. Além destes componentes, a exportação de produtos da extrativa mineral também apresentou desempenho positivo no trimestre (3,3%).

O volume total exportado de bens e serviços recuou 2,9% com crescimento registrado em três segmentos: bens de consumo (17,3%), produtos da extrativa mineral (13,0%) e bens intermediários (2,5%). Destaca-se que a maior queda registrada foi na exportação de produtos agropecuários (-27,8%), seguida de bens de capital (-24,2%) e da exportação de serviços (-21,5%).

A importação retraiu 14,4% no trimestre móvel findo em novembro, em comparação ao mesmo trimestre de 2019, diz a FGV. Embora muito negativa, há uma melhora desta taxa, em comparação ao desempenho anterior. O único componente a crescer foi a importação de produtos agropecuários (6,7%). As fortes quedas de bens de capital (-26,4%), bens intermediários (-6,2%) e dos serviços (-30,2%) explicam a maior parte desta retração.

A maior parte dos segmentos da importação apresentaram crescimento em novembro. Os segmentos de extrativa mineral e de serviços foram únicos que apresentaram queda no mês. O segmento de serviços, em particular, segue com quedas expressivas desde abril, com taxa de -20,0% em novembro.

Em termos monetários, o PIB em valores correntes no acumulado do ano até novembro foi de aproximadamente R$ 6,766 trilhões (R$ 6.766.288 milhões).

fonte: Valor Investe, com informações do Valor PRO

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